PELAS LADEIRAS
Ruínas narram o futuro do presente num pretérito quase perfeito. O moço Matrix atrai seres da rua para a outra dimensão da sua presença. Vozes alertam a eminência de perdas materiais: perto da pedra e do fogo, perto dos dejetos e das sucatas. Orientais se desorientam, orientando-nos a segui-los nos seguindo. O Zé vai, o Diabo fica. O Zé volta para a reunião dos homens. Ela tira o banheiro, eles tiram as moedas: sobram 25. As imagens demoram e o tempo atropela. As moças sorridentes que deixaram o guarda-chuva em casa, são amigas do senhor simpático que é coligado do cara que segura a chuva. Um beijo sujo no rosto liso do moço bonito. Na porta da padroeira dos cegos se vê o tempo, sob o comando de Exú: abrindo e fechando, passado e futuro.
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